Quando decidimos criar a Organic Choice, era óbvio que a única opção viável de modelo de negócio seria criar um catálogo de roupa orgânica e sustentável.

Porquê apenas peças de vestuário sustentáveis? Porque é a nossa pequena contribuição para o ambiente. Porque somos apaixonados pela moda, mas não queremos poluir o ambiente. E porque é nossa obrigação fazer um uso responsável dos recursos naturais à nossa disposição.

Significa que, desde o processo de criação da matéria-prima (algodão ou lã) até ao momento em que esta é enviada ao consumidor, todos os processos, gestão e tratamentos necessários no fabrico, transporte e armazenamento da peça cumprem requisitos específicos para que sejam tão ecológicos quanto possível.

Estes requisitos são controlados por organizações internacionais que estabelecem critérios de qualidade para os produtos e também regras muito rigorosas sobre a forma como a produção destes produtos pode afetar a natureza. Com base nestes critérios, estas organizações atribuem uma certificação à empresas que optem por seguir as suas regras. Desta forma o consumidor pode ter a certeza absoluta de que as peças de roupa que comprou são sustentáveis.

As certificações que podes ver acima indicam que todos os nossos produtos passaram os controlos de qualidade necessários para receber estes reconhecimentos e que, além disso, foram produzidos de uma forma sustentável para com o ambiente. Abaixo explicamos em que consiste cada certificação:

A GOTS (Global Organic Textile Standard) é uma certificação de qualidade com reconhecimento mundial aplicado aos produtos têxteis de origem orgânica e que certifica a sustentabilidade das peças de roupa ao longo da sua cadeia de produção.

As peças de vestuário certificadas GOTS não só são feitas a partir de pelo menos 90% de fibras orgânicas, como também são produzidas de forma ética e sustentável.

A RWS (Responsible Wool Standard) oferece uma oportunidade para os agricultores demonstrarem as suas melhores práticas ao público, e um meio para que as marcas e os consumidores tenham confiança de que os produtos de lã que compram e vendem estão de acordo com os seus valores.

A certificação RWS assenta num conjunto de critérios que abrangem áreas como a alimentação e o bem-estar animal, gestão de pastagens e terras, gestão de resíduos e uso de químicos, e direitos e segurança no trabalho. A lã que cumpre a norma RWS é rotulada como "lã responsável" e pode ser facilmente identificada no mercado.

A OEKO-TEX é uma associação internacional independente constituída por 18 centros autorizados em 85 países de todo o mundo que gere certificações através das quais os fabricantes de produtos químicos têxteis ou de couro podem demonstrar que a produção dos seus produtos é sustentável e que são ecologicamente seguros para os seres humanos o ambiente.

A BSCI (Business Social Compliance Initiative) é uma iniciativa europeia privada e não-governamental sem fins lucrativos cujo objetivo é melhorar as condições de trabalho na cadeia de abastecimento global, em total conformidade com a declaração internacional dos direitos humanos e as normas internacionais do direito do trabalho. Esta iniciativa visa envolver todos os elos da cadeia de produção numa série de medidas que asseguram o cumprimento integral dos direitos do trabalho e das normas mínimas de produção.

Por exemplo, todos os nossos produtos de lã de cordeiro são fabricados no Bangladeche, numa fábrica certificada pela BSCI, o que significa o seguinte:

• A fábrica dispõe de uma enfermaria no local, gratuita para os seus trabalhadores.
• Os trabalhadores recebem o salário mínimo garantido e condições de trabalho dignas.
• As trabalhadoras podem usufruir de licença de maternidade.
• A fábrica recolhe água da chuva e utiliza-a na produção dos seus tecidos, para evitar o consumo excessivo de água subterrânea.

O cultivo convencional do algodão criou uma grande quantidade de variedades de algodão modificadas geneticamente devido à sua sobreexploração. As maiores plantações de algodão estão em países como a China, Índia, Turquia e Estados Unidos, onde a maioria dos químicos que se utilizam poluem o ar e a terra, prejudicando seriamente o ambiente em favor de uma maior produtividade.

Como resultado, a biodiversidade das culturas de algodão sofreu uma grande redução e os ecossistemas destas plantações estão a sofrer transformações que alteram o seu equilíbrio de uma forma preocupante.

O cultivo de algodão orgânico, pelo contrário, não utiliza plantas modificadas geneticamente para que o seu impacto no ecossistema seja o menor possível e os ciclos biológicos se alterem o mínimo possível.

Além de não utilizar nenhum tipo de modificação genética, o cultivo ecológico do algodão orgânico não utiliza químicos sintéticos tais como pesticidas, fertilizantes ou pesticidas

Este tipo de práticas favorece o equilíbrio dos ecossistemas das plantações ecológicas, uma vez que o respeito pelo ambiente prevalece sobre a produtividade industrial. Por exemplo, as plantações de algodão nos Estados Unidos são obrigadas a cumprir o Programa Orgânico Nacional (NOP). Esta instituição determina os pesticidas orgânicos permitidos para o controlo de pragas, fertilização e gestão de culturas orgânicas.

Ao ser um cultivo ecológico, a produção de algodão orgânico é limitada, em comparação com os cultivos convencionais. É verdade que a agricultura ecológica tem vindo a crescer em hectares mas, ainda assim, continua a existir uma diferença de produção substancial.

Felizmente, existem algumas iniciativas industriais que já começaram a apostar pelo cultivo do algodão orgânico. Durante os últimos anos, a extensão destes cultivos tem vindo a aumentar de forma significativa e, além disso, também se reduziu em 90% a utilização de químicos sintéticos nestas áreas.